Exploração do trabalho infantil atinge 1,2 milhão de crianças no país.<
“Lugar de criança é na escola”. É muito comum ouvir essa frase, só não é comum o seu total cumprimento. De acordo com a última pesquisa divulgada pelo IBGE sobre o trabalho infantil no Brasil, cerca de 1,2 milhão de crianças de 5 a 13 anos são vítimas de exploração.
Essas crianças deixam de estudar para ajudar a aumentar a renda da família, outras vendem balinhas no sinal e assim, formam um contingente de trabalhadores-mirim. Como conta a coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – Cedeca, Perla Ribeira, “além da injustiça social e necessidade econômica, o problema do trabalho infantil é, também, cultural”. Os pais dizem para os filhos que é importante trabalhar cedo para criar responsabilidade. Daí a contribuição para o grande número de crianças no Brasil trabalharem antes do tempo.
A pesquisa revelou também que mais da metade dos trabalhadores-mirim, 60,7%, trabalhavam em atividades agrícolas. Além disso, meninos negros ou pardos de famílias de baixa renda (até um salário mínimo), e que moram em áreas rurais do Norte e do Nordeste formam o perfil médio das crianças trabalhadoras no Brasil.
Para Cíntia Ramos, oficial de projetos na Organização Internacional do Trabalho - OIT, a exploração do trabalho infantil causa inúmeros problemas nas crianças, entre elas estão “problemas de saúde (dependendo do tipo de trabalho que a criança faz), perde o tempo de ser criança, abandono escolar que acarreta subempregos no futuro, portanto também causa um problema econômico” além de inúmeras outras dificuldades.
Para Perla Ribeira, “Deve-se estruturar politicas públicas que estabeleçam e articulem entre as várias políticas” já que há uma grande complexidade das causas e dos fenônemos da exploração do trabalho infantil. Outras formas de diminuir a exploração do trabalho infantil seria também, promover campanhas para conscientizar a população sobre o problema e manter a sociedade informada quanto aos seus direitos, para que aqueles que se sintam lesados ou que saibam de casos de exploração, possam buscar seus direitos.
Exploração Infantil
Acompanhe a entrevista com a especialista em psicologia infantil Doutora Tatiana Jezini
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